A austeridade do tempo e as intempéries da vida promulgam um novo ciclo, um momento onde as possíveis mudanças não são mais meras mudanças, são reais e impassíveis ao que possivelmente seria real. O globo terrestre não mais suporta a balbucia deflagrada pelo homem, os ventos gritam, os rios choram e a engenhosa mente humana transmuta na transversalidade do novo velho mundo.

 

Observando o momento de transição que o mundo passa, Flauberto Gomes propõe no Show “Meio Tempo” canções que traduzem a “bagunça” dos sentimentos vividos pela sociedade, apontando desde o amor à revolução social, o repertório passeia pela musicalidade sonora universal numa mistura de sons, sentimentos e poesia.

 

Meio tempo também é o processo de transição do seu trabalho, que leva ao palco canções do show O Canto Teu e composições mais recentes que trazem novos olhares e perspectivas do mundo que o circunda, extraindo ainda desse processo a trilha que comporá o seu primeiro registro fonográfico.

 

Viola, violão, guitarra, baixo e bateria são os temperos que dão sabor a esse prato musical, transgredindo o tempo dos homens, fazendo pulsar o som do entrelace dos acontecimentos. A música se desfaz das ranhuras e apresenta uma nova possibilidade de sonhar onde todos observam o mundo e concluem que chegamos a um novo momento, um “Meio Tempo”.